sábado, 26 de setembro de 2009

Mosto de Teu Rosto

No
Mosto

De
Teu
Rosto
Saboreiam doçuras de teu sabor,
Prazer doce sem Amor,

Renascer De teu Sol-Posto,
No horizonte de tua Dor!

Lagar onde teu Mosto fermenta,
Teu emerso corpo do generoso vinho,

É néctar frutado tratado com carinho,
Nas mãos que tua vontade experimenta,
Provando da tentadora tentação que tenta,
Embriagada vontade de petulante anjinho!

Edulcorados lagares de prazer,
Por fermentoso desejo de uva divina,
Brancura doce de poderosa sacarina,
Preparando seu corpo para cada sorver,
Sorvendo quem sorve um servido refazer,
Embriagando o tino de quem desatina,
Nas mágoas esmagadas deixadas escorrer,
Fracasso jurado de quem jurou proteger!

Sobre teu irresistível lagar,
Pairam agora colibris e abelhas de mel,

Escanções delicados dando a provar,
Milagrosa transformação de valioso fel,

Tinta amarga de assinado papel,
Implorante rosto de triste olhar,
Lágrimas prensadas sem vacilar!

No Horizonte de tua dor,
Renascendo de teu Sol-Posto,

Prazer doce sem Amor,
Saboreiam doçuras de teu sabor,

No
Mosto

De
Teu
Rosto!

10 comentários:

Teresa Alves disse...

Krystal,

da uva ao vinho... o processo, o tempo... assim como na vida, assim nos sentimentos que nos envolvem e nos permitimos a aDsorver à temperatura ideal da comunhão que se faz entre uva e vinho... vinho da uva, sorvido, desfeito, desajuste perfeito da embriaguez em medida sensatez de querer ser provado... em vinho depois de uva.























Bom domingo de outono!
@

Ƭ. disse...

Krystal... se o desejo da uva é ser mosto... se o desejo do mosto é ser posto em descanso à precisão do tempo... se o desejo do vinho é ser provado... celebramos à vida... saboreada preferência à identidade que se mantém sob forma original... jamais como algo que a remeta à posição de restos... onde a falsidade impera sob desgosto do mosto posto que de vinho, vinagre se torna!


DiVerso!

Anónimo disse...

DiVerso, Krystal!



Ainda que o prazer do mosto
seja posto, não imposto, pelas mãos postas de desejo e em ritmado indolor, pelas uvas que em vinho há
de ser provado como um sabor único...

Ainda... que postas... a uva divina... debruçada sobre seu mosto que fermenta e pede tempo ao ponto, que precisa a hora certa...

Ainda... que impostas... chora a ausência do amor que por outros mostos se delicia... em tentação vencida.






Boa semana!

Nilson Barcelli disse...

Do mosto pode resultar a vida, num vinho ou num rosto que se pode provar... e que se pode gostar... ou não...
Excelente poema caro amigo, gostei imenso.
Abraço.

praia da lua disse...

interessantes metáforas com sabor a uva :)

Andresa Ap. Varize de Araujo disse...

Isso que é um verdadeiro poema,
vindo da alma de um grande escritor.
muito belo seu mosto, edulcorados lagares de prazer.....

Bjs
Andresa

Teresa Alves disse...

permanece DiVerso...

leve corpo de mulher que faz da uva seu vinho, que se embriaga em desejos que nunca passam... leve corpo que pesa alma, que faz da entrega sua perdição... da jurada promessa... o sonho real... de fantasia o posto mosto morto... que prova gosto de tudo pouco... de tudo muito em vinho sorvido... da uva que adsorve posta...

Anónimo disse...

ai o mosto...

Andresa Ap. Varize de Araujo disse...

passando para lhe desejar uma otima noite
bjs
andresa

Anónimo disse...

mosto posto. mosto marcado.