
Quando te lembras de ti,
Sentes queimar tua existência,
Ouves gargalhadas de quem ri,
Ao lado de teu quarto dourado,
Cerras os dentes com violência,
Voltaste a ser desprezado!
Adormeces na madrugada fria,
Acordas sobressaltado,
Levantas-te a dormir, gelado,
Vais confirmar a cama vazia,
Ritual solitário de mais um dia,
Onde és o vizinho do lado!
Vai passando amargurado o tempo,
E não consegues encontrá-los,
Não aguentas o sofrimento,
Choras por querer abraçá-los,
Àqueles dois amantes,
Mas nada é como dantes,
Decides tornar-te violento,
Teu desejo é matá-los!
Friamente o plano cego é concebido,
Berlinde de neve que começa a rolar,
Vais lamentar ter fugido,
Ninguém te vai encontrar,
E se o destino te for fatal,
Enlouquecerão por terem sido,
Pais que um filho haviam esquecido!
1 comentário:
Obrigado amigo por falar num tema tão triste como este. Muitas vezes somos abandonados na própria casa e pelos próprios pais que estão demasiado ocupados para se lembrarem de nós.Dão-nos tudo que é um bem material mas esquecem-se de nos dar o que mais precisamos que é o amor. O dinheiro, as playstations, etc, etc, não bastam
Enviar um comentário