sábado, 3 de janeiro de 2009

Traição de Amor Póstumo


Cada vez se tornou mais igual,
Ao pior sangue do mal,
Devendo-o à vida,
De um corpo exangue!...
A memória está ausente de sangue,
Do corpo nem pó parece restar,
Pelo que o vento parece ser o mais forte,
Entre tudo e a honestidade justa,
De outros tempos em que um era mais nítido ao outro,
Sem esforço ou porque quisesse que assim fosse!
Agora, sem esforço,
Permanece aparentemente sob a terra,
A uma profundidade normal,
Para justificar algo que algo encerra!...
De repente,
O tempo parece não ter passado,
A memória reacende-se das trevas,
Voltando a iluminar,
Um passado de respeito conquistado.
Agora seu sangue é outro sangue,
Já não o aquece,
Nem arrefece,
Correndo em suas veias;
Talvez tenha acontecido uma transfusão,
Uma transfusão um pouco Divina,
Ou, pelo menos, misteriosa,
Misteriosa quanto o apelo das sereias!...
Sofrendo num estado indolor,
Sente perturbarem sua alma,
No purgatório dos sentidos,
Porque mancham seu sangue,
Bebendo de sua honra como quem sorve suor,
Cuspindo-o de seguida,
Para um monte de porcaria sem sentido,
Sem fundamento!
Sente um espasmo explodir-lhe o peito,
A impotência fervendo enlouquece-o,
Num tormento,
Voltando a reacender a luz,
Daquela memória que o aflige!

Sem qualquer esforço de vontade,
Numa ínfima esperança,
Deixa-se ficar à mesma profundidade,
De quem no outro lado, não o alcança!

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