Aquela nota madrasta,
Que por ti se atrai e arrasta,
Lavra branca de filhos em linha,
Cinco linhas de um olhar que basta,
Alegro marialva que de fininho definha,
Ressuscitando cada alma de nota sozinha,
Libertino triste que de ti se afasta!
Rouxinol de papel em poisos de pentagrama,
Solta pio escondido que cresce de mansinho
Trovão de elevada ode afogada na lama,
Substituída arte por arte de triste fama,
Canto lírico de tonto poeta sozinho,
Trinado falso de manhoso comezinho,
Falsa voz que o canto roubado clama!
Enteados geniais esbatidos na vaidade,
Esganiçados falsetes de opereta fugaz,
Piano mudo onde a voz jaz,
Afonia de tenores de sorte finada,
Por eles tão nobre arte desprezada!
Poalha de ouro em notas de poalha,
Poalha que baila em poalha de si,
Áudio poluto de poluta gralha,
Dó maior doído em queda nota de mi,
Forçado farfalho do fá que falha,
No só que denota notas de fado putedo,
Melodia escrava de chulo-pó traiçoeiro,
Desvanece-se relento pelo nevoeiro,
Desaparecendo na pauta rameira do enredo,
Tão misteriosa que por lá semeou o medo!
Aquela nota madrasta,
Espreitando da noite que a toca,
É nota envergonhada e gasta,
Composição de nota pura e casta,
Alegro triste que seus filhos invoca!
Que por ti se atrai e arrasta,
Lavra branca de filhos em linha,
Cinco linhas de um olhar que basta,
Alegro marialva que de fininho definha,
Ressuscitando cada alma de nota sozinha,
Libertino triste que de ti se afasta!
Rouxinol de papel em poisos de pentagrama,
Solta pio escondido que cresce de mansinho
Trovão de elevada ode afogada na lama,
Substituída arte por arte de triste fama,
Canto lírico de tonto poeta sozinho,
Trinado falso de manhoso comezinho,
Falsa voz que o canto roubado clama!
Enteados geniais esbatidos na vaidade,
Esganiçados falsetes de opereta fugaz,
Piano mudo onde a voz jaz,
Afonia de tenores de sorte finada,
Por eles tão nobre arte desprezada!
Poalha de ouro em notas de poalha,
Poalha que baila em poalha de si,
Áudio poluto de poluta gralha,
Dó maior doído em queda nota de mi,
Forçado farfalho do fá que falha,
No só que denota notas de fado putedo,
Melodia escrava de chulo-pó traiçoeiro,
Desvanece-se relento pelo nevoeiro,
Desaparecendo na pauta rameira do enredo,
Tão misteriosa que por lá semeou o medo!
Aquela nota madrasta,
Espreitando da noite que a toca,
É nota envergonhada e gasta,
Composição de nota pura e casta,
Alegro triste que seus filhos invoca!